Inspirações Conheça Camila Queiroz e suas ilustrações inspiradas no clássico “Alice no País das Maravilhas”

Conheça Camila Queiroz e suas ilustrações inspiradas no clássico “Alice no País das Maravilhas”

Por Laila Arêde

Camila Queiroz — ou carinhosamente conhecida também por Kami — tem apenas 26 anos, é formada em Design de Mídia Digital na PUC-Rio e trabalha há seis anos com design e ilustração. Recentemente, Camila desenvolveu um projeto que consiste em uma série de ilustrações inspiradas no clássico “Alice do País das Maravilhas” de Lewis Carroll. As artes possuem uma atmosfera graciosa, serena e vibrante; Camila utiliza traços fluídos e simplificados — remetendo-nos esteticamente as ilustrações infantis — para dar vida aos personagens de “Alice”:

A ilustradora tem grande experiência no mercado de jogos, mas seu interesse pela ilustração infantil aumentou gradativamente ao longo dos anos. Camila confessa que nunca trabalhou diretamente com livros infantis, e que o mais próximo disso foi um trampo que obteve com quadrinhos institucionais. Para ver mais de seu trabalho, especialmente os projetos mais recentes, acompanhe em suas redes sociais: facebook, instagram, tumblr e twitter. E logo abaixo, dê uma conferida na pequena entrevista feita com a adorável Kami e saiba mais sobre a sua jornada artística:

1. Seu mais novo projeto pessoal consiste em ilustrações inspiradas no clássico “Alice no País das Maravilhas”. Conte-nos mais sobre como surgiu esta ideia e como foi o processo de criação.

O projeto começou como um freelance, numa época que eu estava me reinventando e meu estilo estava surgindo. O cliente me deu total liberdade, mas a produção infelizmente foi interrompida. Quando vi, estava com um projeto que havia amado fazer e queria continuar explorando mais um pouco desse universo. Sempre gostei muito de Alice e sua estética maluca.

O processo criativo foi o mesmo de um “freela”, pois de início lidava com o cliente. Iniciamos pela criação dos personagens e o cliente me dizia qual queria que eu desenhasse. A única exigência era que eu tentasse fugir um pouco dos conceitos criados pela Disney, o que achei bem desafiador. Fiz uma pesquisa de referências, que sempre faço antes de iniciar um trabalho de criação, e a partir daí, produzi alguns sketches (rascunhos) que passavam pela aprovação e depois finalizava-os. Após os personagens prontos, comecei a retratar algumas cenas, seguindo o mesmo processo.

2. Ao vermos suas obras, concluímos que você é uma grande fã de ilustrações infantis. Quando e como você passou a aderir e focar mais nesse estilo específico?

Esse processo foi acontecendo bem aos poucos. Comecei minha carreira produzindo arte para jogos e fiquei muitos anos trabalhando em estúdios da área, pegando os projetos mais variados. Desde games de propaganda, educativos e até mesmo um com a temática de guerra entre traficantes e policiais chamado Favela Wars. Mais tarde fui parar em uma empresa de educação, onde produzia quadrinhos, vídeos, e tive oportunidade para experimentar bastante. Durante essa jornada, fui percebendo que os projetos que mais me divertiam eram os voltados para o público infantil e tentei trabalhar com essa linha sempre que possível.

Só fui brilhar os olhinhos com ilustração de livros depois que conheci o “Selvagem” da Emily Hughes e quando uma amiga me levou para o Salão do Livro Infantil, que acontece todo ano aqui no Rio. Me identifiquei na hora, comecei a visitar livrarias durante o almoço pra conhecer livros novos, e até iniciei um próprio como hobby. No final do ano passado saí da minha empresa e voltei para os “freelas”, com a vontade de me reinventar e focar de vez na ilustração infantil. Estudei alguns artistas, experimentei novos brushes, e pouco a pouco meu portfólio está ficando mais focado nisso.

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3. Quais são suas principais influências artísticas e inspirações?

Além de livros ilustrados, gosto muito de jogos e animações e procuro trazer muito disso para o meu trabalho. Amo a arte do jogo “Child of Light” e alguns dos artistas que mais me inspiram são Emily Hughes, Sara Ogilvie, William Joyce, Nico Marlet e Tony Di Terlizzi.

4. Futuramente, haverá mais projetos semelhantes como este de “Alice no País das Maravilhas”? Conte-nos mais sobre seus futuros planos.

Ainda quero desenvolver um pouco mais desse universo da Alice, e desejo pensar em algumas figuras do “Alice Através do Espelho”. Mas isso terá de ser feito aos poucos, pois estou focando em outro projeto pessoal: um cardgame com a temática de RPG.

5. Quais dicas você daria para todos aqueles que querem se aventurar na ilustração, especialmente a ilustração infantil?

Não existe uma fórmula correta, mas o que funcionou comigo foi ser generalista e tentar ir focando no que gosto aos poucos, pois precisei trabalhar desde cedo pra ajudar minha família. Se você tem a possibilidade de parar e ter um tempo para estudar, aproveita. Mas se não tiver, não desanime e faça isso sempre que possível. Acho importante estudar composição, cor, luz, e procurar sempre contar uma história através da sua ilustração.

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