Publi e MKT Design, marketing e negócios! Mas, e daí?

Design, marketing e negócios! Mas, e daí?

Por Jefter Barony

O mercado muda constantemente e quem não alinhar suas estratégias de marketing a um design eficaz e nexial estará tão logo fora dos negócios.

Antes de continuar, vamos definir o que é marketing e o que é design dentro do conceito a ser abordado aqui.

Marketing:
1 Comercialização. 2 Execução de todos os atos de comércio que sirvam para dirigir o escoamento de mercadorias e serviços do produtor ao consumidor. 3 Conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor.

Design:
1 Concepção de um projeto ou modelo; planejamento. 2 O produto deste planejamento.

Existem outros conceitos, como por exemplo, que marketing é entender (o mercado) para vender, e por aí vai, mas estes dois que coloquei já nos bastam por agora.

1 – A nossa cultura BR

Muitos designers e gestores não conseguem alinhar as palavras estratégia e design como complemento, e este pensamento se estende desde que os portugueses pisaram aqui. Na medida em que caminhamos para um futuro  mercadológico mais disputado, gestores e profissionais de comunicação devem se atrelar para o assunto e repensar nas formas de se vender aqui.

No Brasil a percepção de muitos empresários sobre design é que não passa de uma ferramenta supérflua, diferente da Europa e países desenvolvidos. Aqui na terra de Cabral é muito mais interessante mandar fazer mil panfletos com uma aparência monstruosa e distribuir em semáforos do que pagar mais caro por algo que realmente venda. Infelizmente o design no Brasil não é apoiado pelos governantes. E o marketing? Outra infeliz verdade é a de que isso só funciona para empresas grandes, com muito dinheiro. Usar as ferramentas e táticas de marketing para pequenas e médias empresas é uma batalha tremenda. De maneira bastante triste eu digo que gestores não conseguem tirar da cabeça que marketing é caro e design é bobagem, prejudicando assim o próprio negócio.

2 – Um pouco de história

Desde os primórdios da humanidade, negociar, vender e fazer arte estão presentes na civilização, mas com a revolução industrial tudo mudou. O que antes eram apenas artesãos ou pequenas empresas familiares se tornaram indústrias de grande porte, mudando assim todo sistema econômico do mundo. O que isso tem a ver? Simples. Antes da era industrial as pessoas compravam por indicação ou familiaridade, os produtos eram considerados “iguais”.

Depois de alguns anos, chegamos agora na era das vendas, a era do marketing, custe o que custar, em que vender é tudo e para isso se faz necessário diferenciar os produtos e serviços da concorrência. Como antigamente o posicionamento dos produtos e serviços ofertados não eram tão percebidos pelos clientes, hoje as empresas foram obrigadas a melhorar suas estratégias, inclusive no design de produtos e em sua marca. Quem não se adaptar é melhor ir se preparando para fechar.

3 – Entenda o consumidor de hoje

A frase mais dita agora é “a razão é sempre do cliente”, uma verdade dita em partes, porque pra mim lugar em que o cliente tem sempre a razão é em padaria, ou nem lá.

Ideias como citado acima ajudam para o não progresso do design e do marketing nos negócios. O consumidor deve ser o centro, mas entenda que “centro das vendas” é diferente de “centro de 100% das razões”. Hoje os consumidores precisam mais que suprir necessidades, eles querem algo que seja desejado, objeto de prazer. Desenvolver algo que satisfaça não é mais tão simples, agora é preciso encantar, agregar valor, criatividade e claro design. O papel do design junto com o marketing se tornou fundamental para as vendas e com isso é preciso que o design entenda as estratégias de marketing para que juntos encontrem soluções efetivas.

Imagine que você vá ao supermercado procurando por um produto novo e desconhecido, daí você acha o que precisa e lá na prateleira tem duas marcas, uma com uma embalagem e design incrível, além de um PDV (ponto de venda) bem legal, e a outra bastante “fulerinha” e sem qualquer propaganda, eu te pergunto, “qual você compraria?”. Em gestão de marcas não se deve apenas vender, mas criar um contato com o cliente, abrange da proeminência à ressonância de uma marca, e tudo que o design faz, tudo que ele toca, se bem feito, vira ouro. Vender na época em que vivemos é proporcionar experiência, gerar engajamento e o design acaba por se tornar indispensável para que isso ocorra.

4 – Marketing, Design e negócios

Design e marketing estão totalmente integrados, um apoia o outro. Temos que analisar da seguinte maneira, o emocional do consumidor influencia na compra e todo ser humano normalmente preza pelo que ele considera belo. O valor percebido por um cliente sobre o produto ou serviço faz com que aquilo seja importante ou não. Quando vendemos uma vassoura, vale um design bonito e moderno ou aquele design que remete tradição, mas possui um belo layout, de fácil entendimento? Isso é o marketing aliado ao design, ou seja, entender para quem está vendendo e usar da estética para promover lucro, para diferenciar, para cativar clientes.

Philip Kotler (gênio), diz que para uma comunicação eficiente deve-se identificar o público-alvo, determinar os objetivos da comunicação, elaborar a mensagem, selecionar os canais de comunicação, estabelecer o orçamento total de comunicação, decidir sobre o mix de comunicação, medir os resultados da comunicação e gerenciar o processo de comunicação integrada de marketing. Ele misturou marketing com design e negócios, isto é comunicar com eficiência. Planejamento estratégico é tudo, inclusive planejar o design.

5 – Números

Achei tão interessante esta pesquisa que copiei e colei todos os dados, citarei a fonte ao final da matéria.

Veja agora os resultados de uma pesquisa idealizada pela ADP e realizada pela FGV, junto ao setor de equipamentos médico odonto hospitalares.

– 146 Empresas contatadas, que representam 35% do setor;

– Destes números 87% investem em design, e 13% não investem.

– Das empresas que investem em design 95% declaram que a aplicação de design aumenta a competitividade;

– Dentro deste índice de 95% foi apresentado que:

– 80% Aumentaram o faturamento;

– 85% Consideram design como investimento e não como custo;

– 90% Reconhecem o design como sendo estratégico;

– 10% Dizem que é limitado

Pesquisado o aumento da participação no mercado:

– Importância Limitada: 75%

– Importância Estratégica: 95,5%

Conclusão: O design posiciona melhor.

Pesquisado o aumento da margem de lucro:

– Importância Limitada: 25%

– Importância Estratégica: 68%

Conclusão: O design gera mais lucro.

Pesquisado a melhora da imagem da empresa:

– Importância Limitada: 50%

– Importância Estratégica: 77%

Conclusão: O design melhora a imagem da empresa.

Dentro do grupo que consideram o design estratégico:

– 79% Declaram melhoria na qualidade dos produtos;

– 66% Aumento da produtividade;

– 55% redução de custos.

Conclusão: O design é mais do que aparência.

5 – Então…

Para concluir o assunto, veja a pirâmide abaixo:

Modelo capas

Concluindo todo raciocínio, observe por esta imagem que o marketing se põe como base, o design como meio (literalmente um meio para vendas) e por fim o negócio, chegando então à finalidade. Um bom marketing aliado a um design incrível faz qualquer negócio ir para frente.

Gerir uma marca, uma equipe de marketing ou de designers requer estar todo dia atualizado com as mais diversas novidades. Um bom gestor deve visualizar que embalagens, layouts, social media, mídias on e off, estratégias, marketing integrado e muito mais são componentes interligados e de alto valor para manter um posicionamento competitivo e ativo no mercado.

Design para aqueles que desprezam é apenas um dos vários processos da cadeia produtiva que levam ao lucro, desviar desta verdade pode acarretar em desastre.

A gestão do design acompanha este movimento, e ainda propõe melhoria nos processos produtivos, gerando lucratividade.

A batalha vai seguir em frente, e nós vamos lutando para que um dia o design seja mais respeitado e o marketing levado a sério por empresas de “mente pequena”.

 

Fontes de inspiração:

http://br.monografias.com

http://www.pensandomarketing.com

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