Cinema e Séries Assista Mulher Maravilha, o melhor filme da DC Comics!

Assista Mulher Maravilha, o melhor filme da DC Comics!

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

Estreia em 1º de junho o tão aguardado Mulher Maravilha (Wonder Woman, EUA, 2017), o filme que consagrará a israelense Gal Gadot no icônico papel da heroína da Liga da Justiça. Ratificando a elogiosa opinião da crítica internacional, o filme certamente será lembrado como um dos melhores da DC Comics, que desagradou a maioria do público com o seu Batman x Superman em 2016 e agora se redime em grande estilo.

A primeira parte do longa se volta a contar a história de Diana desde sua infância. A filha de Zeus e Hipólita e sobrinha de Antíope nasceu destinada a ser uma grande guerreira e sua fibra é retratada desde muito cedo. A paisagem da Ilha de Themyscira é deslumbrante e o clã das amazonas envolve a plateia quase imediatamente.

O filme não se esquiva de tratar assuntos relevantes durante todo o tempo, consegue ser lindo, feminino, engraçado e de forte teor social. Ao apresentar as nativas da ilha, o quesito bravura, honra, dever e disciplina são muito mais importantes do que aparência, roupas ou qualquer outro fator historicamente associado ao universo feminino. O filme fala de guerreiras e de compromisso. Todos os tons de pele e tipos de cabelo estão presentes. Para Hollywood, tratar de representatividade feminina, inclusão racial e igualdade de condições em uma batalha se tornou uma tarefa de honra e o filme consegue dar conta da missão de forma incrível. Nada mais apropriado, uma vez que temos uma mulher comandando a direção; estamos falando de Patty Jenkins, uma profissional multitarefas de Hollywood, que já esteve à frente de produção, criação, atuação, direção, filmagem, entre outras atividades cinematográficas.

Afora o ambiente da ilha, a desconstrução continua. Diana é bela e pura, mas sua inteligência, bondade e caráter são seus maiores atributos. O longa ressalta a toda hora que a inclusão de uma mulher em uma realidade dominada pelo universo masculino faz transbordar o preconceito e demonstra o quão subestimada uma moça pode vir a ser. Nesse momento, cabe a Etta Candy (Lucy Davis), a secretária de Trevor, encaminhar a princesa amazona em um mundo onde mulheres não opinam. Diana tira forças desse desprezo para crescer durante a jornada. Abandona o vestido pesado no meio da montaria e tem tiradas genais, como a inesquecível “eu sou o homem” em resposta à indagação de que apenas um homem poderia cumprir a missão que lhe foi dada.

Entretanto, surge Chris Pine como o embaixador da mudança de tratamento, mesmo que em uma sociedade situada no início do século passado e que vivencia a Primeira Guerra Mundial. Pine aceita com nobreza o papel de coadjuvante e sua presença no filme abre caminhos para que a contribuição de uma mulher inteligente em um cenário de guerra possa ser apresentada aos demais. Sua gentileza e respeito constantes para com Diana não passam despercebidos do público. Ao se reunirem a uma equipe, é o capitão Steve Trevor quem constrói a ponte entre uma mulher deslocada no mundo real e os amigos desacostumados a respeitarem uma presença diversificada.

É bom salientar que a evolução do filme transcorre de maneira muito natural. Os personagens estão bem entrosados e os diálogos fluem naturalmente, oferecendo um prisma bastante real entre aquelas pessoas.

No que se refere ao núcleo da vilanagem, é certo que a Dra. Veneno (Elena Anaya) poderia ter sido muito mais bem explorada. Sua maldade é destilada através da inteligência que a movimenta para criar uma bomba e seu superior, o general Lunderdorff (Danny Huston) também fica apagado durante a história. Não existe exatamente uma justificativa para a vilania contida nestas pessoas e soa estranho alguém raso perante um grupo muito bem explorado no quesito emocional. O mesmo acontece com a atuação de David Thewlis, que embora seja um excelente ator, também se mantém pouco cultivado em seu Sir Patrick.

Em contrapartida ao elenco, deve ser salientado que em algumas passagens os efeitos especiais estão aquém do esperado. Muito embora haja cenas grandiosas e muito bem criadas (especialmente no início do filme), é certo que em alguns momentos a má qualidade dos efeitos especiais não passa despercebida pelo público. A trilha sonora está bem pontual e o ritmo do longa-metragem, enfeitado com humor inteligente, agrada bastante.

Por fim, a melhor lição de Mulher Maravilha está em trazer para as telonas uma nova concepção de filme, que coloca a mulher na frente da batalha, mas sem perder o cuidado e a sensibilidade. Igualdade de condições é um lema constante. Diana é ousada, destemida e empática ao mesmo tempo; quer atrasar o caminho até uma bomba para ajudar uma criança perdida ou um cavalo atolado na lama. Sua insubordinação (à sua mãe, sua tia, seu companheiro de missão ou ao general) é um deleite, que não soa forçada devido a graciosidade de Gal Gadot, sendo esta mesma uma ex-combatente do Exército Israelense e também candidata ao Miss Universo pelo mesmo país, há 13 anos atrás. Não é de surpreender que o papel lhe caia perfeitamente bem. Quando novembro chegar, a melhor justificativa para conferir Liga da Justiça será, sem dúvidas, a presença de Diana de Themyscira na equipe do morcego.

Confira o trailer:

https://www.youtube.com/watch?v=o3gLF6WfNbo

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