Inspirações Construção do Manual de Normas – #4 – Margens de Salvaguarda

Construção do Manual de Normas – #4 – Margens de Salvaguarda

Por Mauro Gaspar

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Bom dia a todos, hoje vou continuar com a matéria abordada nos posts anteriores relativos à construção do manual de normas de uma identidade, com a explicação do tópico #4 – Margens de Salvaguarda, ou Margens de Protecção à Identidade.

O que são as Margens de Salvaguarda?
As margens de salvaguarda, tal como o próprio nome indica, são as linhas que determinam imaginariamente os limites que salvaguardam o espaço que a identidade necessita para “respirar” e para ser interpretada de forma a que nenhum ruído visual interfira na sua boa legibilidade.

Imagens, elementos gráficos, textos, marcas e identidades não devem de ultrapassar essas margens imaginárias. Estas margens de salvaguarda também devem de ser utilizadas por exemplo na aplicação e registo da identidade em suportes físicos quando a identidade fica vulnerável às extremidades do suporte “a morder” (ver exemplos abaixo 1,2,3,4 e 5).

Como se determina as Margens de Salvaguarda de uma identidade?
A primeira noção que temos de ter é que todas as assinaturas criadas necessitam de ter as margens de salvaguarda definidas. Por uma questão de lógica e facilidade gráfica, costuma-se seleccionar um elemento existente na identidade (parte do símbolo, lettering, distâncias entre elementos…etc) para se definir a medida da margem de salvaguarda.
Design Culture- Manual 1-15Isto faz-se porque deste modo, quando a identidade é reduzida ou ampliada, a margem de salvaguarda irá sempre acompanhar a proporção da identidade. Desta forma não necessitamos de definir uma medida específica para cada tamanho de identidade aplicada, facilitando a vida a todos os que aplicam a identidade e produzem o manual de normas.
Design Culture- Manual 1-17

Neste caso, seleccionei a altura da letra “F” como podem ver na página 13/14/15. Quando seleccionarem uma letra, nunca seleccionem uma letra com o topo e a base arredondado (um O ou um B), isto porque torna o trabalho mais irregular. Obviamente que depende sempre do tipo de lettering/fonte escolhido, mas tomem isso em atenção. A altura da letra “F” é que vai definir a dimensão das margens verticais e horizontais da identidade que definem a caixa.

Esta solução determinada pela letra “F”, irá manter-se para as outras assinaturas existentes.

No exemplo da página 14 (A e B) podemos entender que o tamanho das identidades é diferente, e que as margens de salvaguarda também serão diferentes. Isto quer dizer que a margem de salvaguarda evoluem dependendo e consoante o tamanho da identidade.
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Design Culture- Manual 1-18Design Culture- Manual 1-19Design Culture- Manual 1-20Design Culture- Manual 1-21Design Culture- Manual 1-22

Espero que tenham gostado e entendido a importancia destas regras, pois estas devem de constar em todos os manuais. Cabe-nos a nós designers protegermos os nossos trabalhos de forma a reduzir a possíbilidade de haver problemas gráficos. Os exemplos acima trabalhados são “o mínimo possível” podendo sempre haver mais espaço na aplicação da identidade para que se torne mais harmonioso em relação aos outros elementos gráficos ou suportes.

No próximo post irei abordar o tópico #5 – Identificação Cromática, onde irá constar a explicação sobre as cores da identidade. Espero que tenham gostado!

#1 – Assinaturas Possíveis da Identidade
#2 – Positivo/Negativo
#3 – Reduções Mínimas Viáveis
#4 – Margens de Salvaguarda

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