Design O logo não precisa dizer o que faz a empresa

O logo não precisa dizer o que faz a empresa

Por Lucas Benfica

Olá, leitores. Novamente escreverei aqui sobre a disciplina do design que mais me dedico: a criação de Identidades Visuais de Marcas. 

Recentemente, passei por um projeto de Identidade onde tive que defender o não uso de um elemento gráfico no desenho desta assinatura. O caso em questão é o de uma empresa de gestão esportiva com forte ligação no mundo do futebol e, ao apresentar o projeto, defendi o porque não utilizar uma bola compondo a assinatura visual. Em outra oportunidade, apresento o projeto aqui. 

A logo doesn’t need to say what a company does”. O logo não precisa dizer o que a empresa faz. 

Esta citação, no livro Logo Design Love, do designer David Airey talvez seja a afirmação que deveria resumir todos os argumentos que os designers deve fazer aos seus clientes na hora da defesa da Identidade.É claro que, em alguns casos, é praticamente inevitável representar visualmente de forma bem direta algo relacionado ao que a empresa comercializa. Nesse caso, em se tratando de produtos é mais fácil de representar do que se tratando de serviços. 

Além da motivação já citada anteriormente, também resolvi escrever este após ter visto o trabalho do Distil Studio para o Melbourne Squash Club. No processo criativo e de pesquisa, o diretor criativo Neil Hedger explicou e mostrou aos clientes que não trabalhar com raquetes ou a silhueta de um atleta era o ideal.

 

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Não seja óbvio

O logotipo Tiger Woods não é um clube de golfe. O logotipo do McDonalds não mostra um hamburger, os logotipos da Claro, da Oi e da Vivo não mostram telefones celulares. No caso da telefonia, eles apresentam principalmente características visuais que cumprem promessas possíveis de serem percebidas como Simplicidade, Tecnologia, Criatividade, etc. O logotipo da Virgin Atlantic não é um avião. O logotipo da Xerox não é uma fotocopiadora.

Logos de computador não precisam mostrar computadores, logos dentista não precisa mostrar os dentes, e por aí vai. Quando mais óbvia for a nossa solução visual, menos ela vai se destacar. Lembre-se disto.

 

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Foque nos atributos e busque inspirações originais

Tudo bem. Já que um logo não precisa mostrar o que a empresa faz, o que fazer então? Uma das definições mais importantes de um briefing é a dos atributos que o cliente deseja transmitir na marca. Junto a isto, é importante definir também alguma inspiração. No exemplo da identidade do Melbourne Squash Club, a inspiração foi o movimento da bolinha batendo na quadra e seus movimentos subsequentes. Original, não? Busque transmitir no desenho, principalmente as características emocionais que o seu cliente deseja. Afinal, se é pra colocar duas raquetes, não precisaria de um designer de marcas.

 

Então é isto, amigos. Um abraço e até a próxima.

 

Referências:

http://design.blog.br/design-grafico/o-logo-nao-precisa-ter-o-que-a-empresa-faz

http://www.logodesignlove.com/literal-vs-abstract/

http://www.logodesignlove.com/melbourn-squash-club

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