Publi e MKT Storytelling – A maneira certa de se contar uma história #2

Storytelling – A maneira certa de se contar uma história #2

Por Jefter Barony

Antes de começar este novo post, recomendo que leiam o nosso primeiro artigo sobre storytelling aqui. Depois de ler no artigo anterior sobre o que é storytelling, veja agora 7 dicas para a construção de um bom roteiro. Vamos lá.

1 – Tenha uma grande ideia.

Parece que esta é a dica mais óbvia, chega a ser ridícula. Porém, no entanto, contudo, o detalhe não está na dica em si, mas no fato dela ser o primeiro passo. As pessoas tentam construir bons roteiros escrevendo bem, ou criando um design sensacional, mas tudo de que precisam é criatividade para prender a atenção. Ter uma boa ideia não e simplesmente fazer bonito ou usar das palavras mais legais para compor o texto, mas fazer o leitor suspirar de emoção. Para que os clientes digam “UAU! Vou comprar.” se faz necessário que a história seja de fácil comunicação e forte o suficiente para vender. Bons roteiros trazem resultados, porém, boas ideias geram lucro. Quer um exemplo de uma boa ideia? Fácil. Um fotógrafo do Arizona e seu filho de seis anos criaram um comercial chamado “Máquina do Tempo”, para um concurso. O vídeo custou apenas 300 dólares para ser produzido e concorre a um prêmio de um milhão de dólares entregues pela fabricante Pepsico. É incrível como “amadores” + boa ideia superam muita gente velha de mercado apenas com uma ideia fora do comum. Veja o comercial.

 

2 – Me conte em uma linha

Tem uma ideia sensacional? Pois bem, resuma ela em uma linha. É muito difícil mas eficiente. Chamamos isso de logline. Para se criar uma boa logline é preciso de alguns elementos: Alguém (o herói/protagonista), quer algo (o objetivo de tudo) mas é impedido por algo (o problema a ser resolvido). Um exemplo? Vou escrever uma logline e vocês tentem adivinhar o nome do filme: “Uma jovem que para salvar sua irmã se lança em um jogo mortal”.

Bônus: Se você faz isso em uma linha, aprimore e defina sua história em uma palavra. Este será o seu tema. Usando o exemplo acima, a palavra para ele seria “Voraz”. Voracidade define muito bem este filme em questão.

3 – Um enredo.

Em resumo, o enredo é o emaranhado de situações que constroem uma história. Depois de ter uma boa ideia é hora de escrever, e claro, tudo precisa de um início, meio e fim. É uma ferramenta que se faz necessária para ligar as coisas, dando sentido a história. Um evento causa o outro. O enredo pega situações de conflito entre os personagens e consegue obter dramaticidade no texto. Depois do início de uma história que nos dá base para todo resto é o momento do clímax, ficando em alta a maior tensão dramática de um enredo, ou seja, o momento no qual o conflito atinge sua maior dramaticidade. Por fim, o desfecho serve para mostrar toda resolução dos problemas.

4 – Perguntas.

Quem é o herói? O que ele quer? Do que ele precisa? Qual é o erro?

Definir todas estas 3 perguntas é a base para construção de uma boa história. Quem é o herói? Defina as características físicas, emocionais, mentais e todos detalhes que constroem a imagem de quem vai comandar a história. O que ele quer? É toda problemática pela qual o personagem precisará passar para vencer. Do que ele precisa? O personagem precisa de alguém ou de algo para vencer seu algoz, sem isso não temos uma história. Todo roteiro possui uma falha do herói ou algo de errado que ele fez e que deixará consequências. O adversário irá incorporar a falha do herói para vencer, mas o mesmo deve encarar as falhas e lutar. Um exemplo: O homem aranha QUER vencer o Duende Verde, mas PRECISA de confiança e coragem. FALHOU em querer ser quem ele não era e acabou deixando o mal se apoderar dele.

 

5 – Estrutura.

A maioria dos filmes possuem três atos compostos por sequências, cada sequência é feita em cenas e cada cena feita de eventos. Resumindo: FILME = ATO / SEQUÊNCIA / CENA / EVENTO.

Evento é a menor unidade de uma história, é uma troca de ação e reação. A cena é uma ação contínua que possui sua própria mini história contendo um protagonista e objetivo. A cena dá seguimento ao filme, o move para frente e revela informações importantes para toda sequência. A sequência se dá com várias cenas que levam a um clímax maior e com pontos de virada. Pontos de virada são os objetivos conquistados ou perdidos, quando a história muda de direção. Exemplo de ponto de virada: Quando Vader, que lutava contra seu próprio filho, salva Luke e mata o imperador. Por fim, o ato, que nada mais é que a junção de várias sequências em sua determinada ordem.

ATO

6 – Rascunhe

Faça mil roteiros, tente várias vezes, nunca desista. Roteiros se baseiam em estruturas, use elas, desenhe se for preciso.

7 – Faça um checklist

– Sua ideia é boa e fácil de transmitir. OK.

– Seu herói é sensacional e vai fazer a galera amar. OK.

– O herói quer muito algo. OK.

– Ele tem uma certa falha e precisa corrigir isso. OK.

– O adversário é bom o bastante para dar combate. OK.

– Todas cenas possuem conflitos. OK.

– A vida fica cada vez mais difícil. OK.

– A reviravolta e a surpresa, seja boa ou ruim. OK.

Bom, estas são algumas dicas para se construir um bom roteiro. Deixo claro que são dicas muito usadas em filmes mas que podem claramente ser úteis para publicidade. Storytteling se constrói assim, com bons roteiros.

Continua ligado com a gente, semana que vem tem mais sobre o tema. Abraço.

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